Se eu posso dizer que a vida é feita de delícias, hoje experimentei mais uma! Nunca havia chorado de olhos fechados.
Silêncio. Respiração em 5 tempos.
Todos deitados, um a um se levanta e conta uma his(es)tória-presente à F13. Todos ouvem, escutam, abrem seus labirintos e emoções para o outro.
Verdades, sentimentos e sensações são colocados à prova. Devaneio, sonho e realidade se confundem - de quem é a história? Minha? Sua? Nossa?
Lágrimas, soluços, gargalhadas e até sorrisos de canto são percebidos. Estamos a flor da pele. Qualquer movimento provoca um ruído.
É bom conhecer o outro, como se expressa, que palavras escolhe, qual o seu vocabulário e se Re-conhecer no outro (será como as tragédias gregas que tratam dos sentimentos humanos e por isso são eternas?)
Registro durante o processo.
Gravação. Um a um. Problemas técnicos. Longo silêncio com murmúrios de pessoas ao longe. (Des)gravações.
Círculo. Forma homogênea.
3 palavras:
- uma para a F13
- uma para o teatro
- uma para a nossa aula
Conversas recheadas de pensamentos a respeito do vivido e desabafos.Chegamos a conclusão (como sempre diz Alexandre Mate) que somos seres históricos e carregamos o nosso tempo e nossas vivências. Nos vimos generosos em receber e doar histórias, houve uma valorização ao lugar de origem, falamos da morte, de tristezas, de alegrias, do presente do presente, da dor, do amor, da evidência do trágico e da cumplicidade!
Lúcia deu seu retorno, um filme: "Entre Muros da Escola".
"O silêncio é preciso. Não se fala se não se escuta. O silêncio é meditativo."