"O Dia do Curinga" - oito de espadas
Quem já leu o livro ou pelo menos chegou à descrição dos efeitos da "bebida púrpura" em Albert, deve ter ficado com a mesma vontade que eu.
Muito bem escrita a sensação que não posso deixar de compartilhar:
"Ergui o copinho e bebi aquele líquido luminoso. Uma onda de prazer me arrebatou, tão logo as primeiras gotas tocaram a ponta da minha língua (...) milhares de outros gostos tomaram conta do meu corpo inteiro (...) Depois senti o gosto de morangos, framboesas, maçãs e bananas também nos pés e nos braços (...)
Quando aquela primeira tempestade de sabores e odores se acalmou, o mundo inteiro parecia estar dentro do meu corpo; sim, eu parecia ser o corpo do mundo. Senti de repente que todas as florestas e rios, montanhas e campos eram uma parte do meu corpo (...)
Quando meu olhar caiu sobre a estátua de Buda, pareceu-me que a pequena figura sorria. Olhei mais uma vez para as duas espadas dispostas em cruz na parede... e agora elas pareciam esgrimir. Sobre um grande armário havia um navio dentro de uma garrafa (...) pareceu-me, então, que eu estava dentro daquele antigo barco à vela e me dirigia para uma ilha de vegetação exuberante (...)
E é assim até hoje. Não posso exprimir em palavras o prazer que experimentei ao sentir o gosto da bebida púrpura. Se é que posso dizê-lo, acho que tinha o gosto de tudo."
Será que é possível sentir o "gosto de tudo"?
Quem já leu o livro ou pelo menos chegou à descrição dos efeitos da "bebida púrpura" em Albert, deve ter ficado com a mesma vontade que eu.
Muito bem escrita a sensação que não posso deixar de compartilhar:
"Ergui o copinho e bebi aquele líquido luminoso. Uma onda de prazer me arrebatou, tão logo as primeiras gotas tocaram a ponta da minha língua (...) milhares de outros gostos tomaram conta do meu corpo inteiro (...) Depois senti o gosto de morangos, framboesas, maçãs e bananas também nos pés e nos braços (...)
Quando aquela primeira tempestade de sabores e odores se acalmou, o mundo inteiro parecia estar dentro do meu corpo; sim, eu parecia ser o corpo do mundo. Senti de repente que todas as florestas e rios, montanhas e campos eram uma parte do meu corpo (...)
Quando meu olhar caiu sobre a estátua de Buda, pareceu-me que a pequena figura sorria. Olhei mais uma vez para as duas espadas dispostas em cruz na parede... e agora elas pareciam esgrimir. Sobre um grande armário havia um navio dentro de uma garrafa (...) pareceu-me, então, que eu estava dentro daquele antigo barco à vela e me dirigia para uma ilha de vegetação exuberante (...)
E é assim até hoje. Não posso exprimir em palavras o prazer que experimentei ao sentir o gosto da bebida púrpura. Se é que posso dizê-lo, acho que tinha o gosto de tudo."
Será que é possível sentir o "gosto de tudo"?